Crianças e idosos ficaram de fora da folia de momo

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O carnaval de Barras foi divertido, mas o que se constatou é que o atual modelo precisa ser renovado. O Bloco Dinamite continua atraindo grande número de foliões à avenida. A prefeitura contrata bandas para animar os momentos em que o Bloco não passa, mas essa estratégia só atinge a um público: ao de adolescentes e jovens.

Mas uma cidade não é formada apenas adolescentes e jovens. Existem as crianças que ficam fora das opções de lazer, o que obriga os pais a levarem-nas para ambientes de adultos, em horário inadequado e em desacordo com sua faixa etária. Sendo obrigados a assistir cenas no nível das que o jornalista Reinaldo Barros Torres tanto repudia.

Há o pesssoal da terceira idade que também gosta de carnaval, de marchinhas, de samba, mas que não pode ouvir porque não existe programação voltadas para eles. Idosos são um nicho de mercado em ascenção. Hoje são ativos, consomem muito, estão plenos de saúde, de energia, de vitalidade e querem, sim, se divertir. Para onde este grupo pode ir? Para as praças ouvir swingueira nos paredões que competem para ver quem tem um som com nível mais alto?

Antes iam para os clubes, ouvir músicas que agradavam a todos os públicos, participavam das escolas de samba, do movimento de confecção de fantasias, iam torcer na avenida pela sua agremiação e durante a contagem de voto. Havia paixão envolvendo a disputa das escolas.

O que foi pensado para a dona de casa, o pai de família e para as pessoas de meia-idade fazer durante o Carnaval? Nada.

Para o próximo ano, o que se espera é que a equipe da Secretaria de Cultura pense no povo de Barras como um todo, nas pessoas que pertencem a diferentes grupos etários. Que o carnaval não seja voltado apenas para jovens e turistas, que seja um carnaval inclusivo porque os barrenses merecem.longah.com/MarathaoaNews.com