Conservação ambiental sob a perspectiva da realidade
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O mundo tem assistido a uma evolução, inimaginável há alguns anos atrás, em todos os sentidos e direções. Revoluções: tecnológicas, na forma de produzir, na velocidade do consumo, na obsolescência dos produtos produzidos, nas complexidades da composição das matérias primas utilizadas na produção dos bens de consumo, enfim, tem alcançado um patamar cada vez mais moderno e eficaz aos olhos e desejos de uma sociedade embelezada com as benesses e praticidades que este processo oferece e disponibiliza. E imaginar viver sem tudo isso é alimentar uma hipocrisia e tentar em vão, criar um modelo de vida ultrapassado e sem a menor possibilidade de ser levado a efeito. Chegou-se a um estágio em que não se pode mais voltar à situação de antes a todo esse desenvolvimento no tempo.
Mas o resultado de toda essa aparente
bondade da vida moderna tem sido a destruição progressiva das condições de
sobrevivência dos seres vivos na Terra. O homem, predador dos predadores, com
sua busca incessante de satisfação de seus anseios e resoluções de problemas
cada vez mais complexos resultantes de suas interferências na natureza, tem
provocado uma situação em que é preciso urgentemente encontrar uma maneira de
viver avançando tecnologicamente e ao mesmo tempo conservando as condições
naturais propícias à continuidade da existência de todas as formas de vidas no
planeta.
E diante deste dualismo destas duas
necessidades, faz se o seguinte questionamento: qual a saída para o Brasil e o
mundo conservar o meio ambiente, sem deixar de usufruir dos benefícios e
comodidades que esta nova era oferece? É uma pergunta difícil que requer uma
resposta que, talvez, ainda nem exista de fato. Mas, existem ações, práticas e
meios, que se bem articulados, podem contribuir para que o primeiro passo em
direção a esse feito, seja dado.
Intensificar a fiscalização e aplicar
as leis ambientais existentes com rigor; gerir eficazmente o descarte do lixo,
desde seu surgimento ate o destino final; promover a reeducação ambiental através
da expansão e potencialização da Educação Ambiental; tornar hábitos, práticas conservacionistas
tais como: reciclar, reduzir e controlar o consumo, diminuir o desperdício,
reduzir o desmatamento e poluição do ar, dos rios, lagos e lagoas, podem não
ser muita coisa diante da já desastrosa realidade ambiental concebida, mas se
tomadas como responsabilidade com atitudes e efetividade das mesmas por parte
de todos os seres humanos habitantes do planeta, terá-se a certeza de que a resolução
da maioria dos problemas ambientais existentes estará mais próxima da
realidade.
O problema é que o movimento
ambientalista tornou-se institucionalizado ideologicamente e um bloco composto
pelo pluralismo político de ideias, ficando mais focado na busca de poder e
visibilidade ao invés de centrar-se no que interessa de fato que é a conservação
ambiental efetiva. A sua política ambiental tem se resumido apenas no discurso
fervoroso e sem ações e resultados mais concretos. E a sociedade, de modo geral
e quase unânime, tem pouco ou quase nada feito para que esta realidade seja
modificada.
Por isso, é hora de todos agirem. Não
se podem esperar apenas pelos outros para que o equilíbrio entre
desenvolvimento e conservação dos recursos naturais seja alcançado. E pequenas
ações e mudanças de algumas atitudes podem contribuir e muito para que este
estado real em que se encontra o meio ambiente possa ser alterado para um
estágio mais solidário e cuidadoso com o mesmo. Apesar de não se conhecer,
ainda, uma fórmula mágica de como solucionar todos os males causados à natureza
pela a atual sociedade capitalista, existem maneiras capazes de alavancar o
início de uma tomada geral de consciência ambiental por parte da população
mundial e assim tornar realidade as ações e práticas tão enaltecidas pelos os
que se intitulam ambientalistas. Tem que se barrar o agravamento de uma situação
que já é calamitosa. E é preciso começar e já.
Por
Ari do Rego (ARI DURREGO).
Licenciado
em Geografia e especialista em Educação Ambiental.